Odontologia
Três entre dez clínicas odontológicas de SP apresentam problemas sanitários
Fonte: Bom dia Brasil
Um levantamento da Vigilância Sanitária nos consultórios dentários de São Paulo, revelou um número preocupante: Um em cada dez clínicas odontológicas tem problema grave relacionados à higiene. E o principal deles é esterelização incorreta dos equipamentos. Em muitas delas o equipamento não estava funcionando, e em outra o material não foi nem lavado.
Edilson Soares de Lima mudou de dentista. Ficou desconfiado com os procedimentos adotados no outro consultório. “Eles abriam assim, a estufa. Arrancavam as agulhas de lá. Eu via apagada e falava para ele que não usaria aquele material pois a estufa estava fria. Ele falou: ‘não, isso aí eu limpei agora’. E eu falei que não usaria porque estava lá há um tempão", recorda Edilson.
Em um ano, 30% das clínicas odontológicas vistoriadas pela vigilância sanitária em São Paulo desobedeciam às normas de higiene, o que é uma ameaça à saúde.
“Risco de contrair moléstias infecciosas, algumas graves como HIV, hepatite B e C, e outras. Qualquer moléstia que possam ser veiculada por sangue e saliva”, explica Elisabeth Domingues Jalbut, técnica da Vigilância Sanitária Municipal de São Paulo.
O principal problema encontrado pela vigilância sanitária de São Paulo nos consultórios odontológicos está na esterilização. Todo o material usado pelo dentista deve passar pelo processo para destruir os germes. Mas é preciso seguir alguns critérios para garantir a saúde do paciente.
Os instrumentos devem ser submetidos à esterilização em alta temperatura numa estufa ou autoclave. Durante a consulta o paciente deve prestar atenção a alguns detalhes: Os materiais devem estar lacrados e só podem ser abertos na frente da pessoa.O encosto da cadeira tem que estar coberto. É preciso ter recipientes para lixo comum e um especial para as agulhas. O dentista é obrigado a lavar as mãos e usar luvas. E depois de colocá-las não pode tocar em nada, além dos equipamentos.
Uma dica: é preciso um tempo entre a saída de um paciente e o início de atendimento a outro. Isso mostra que o dentista adotou os procedimentos necessários. “Desconfie muito desses consultórios que atendem uma pessoa sem dar um espaço por que tem um espaço para se trocar, de tempo para se trocar todos esses materiais descartáveis”, diz o dentista Clóvis Naconecy.
O Conselho Regional de Odontologia garante que o profissional que desrespeita as exigências é punido. “Se pode até instaurar um processo ético que vai conter inúmeras punições desde advertência confidencial, advertência pública, suspensão do exercício por um determinado tempo, ou cassação do exercício profissional”, garante Emil Adib Eiazuk, presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo.
Os dentistas também devem utilizar avental, touca, máscara e óculos de proteção. Para proteção do paciente e do próprio dentista.
Ver reportagem na íntegra.
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